quarta-feira, 10 de junho de 2009

Para não me chamarem de louco

O RELATÓRIO FINAL DA COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A INVESTIGAR A AÇÃO DE MILÍCIAS NO ÂMBITO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO cita Nadinho aos montes. Nele seu nome aparece associado às mais suspeitas figuras, ligado aos mais suspeitos atos. Nada pode ser conclusivo quando se trata de vespeiros como esse, mas a cara do Rio das Pedras diz muito sobre o que acontece e como é feito o exercício do poder ilegítimo na cidade. Se os serviços são loteados pelas gangues de milicianos e a bagunça organizada do espaço, cada vez mais caótico, segue as regras do que essa bandidagem impõe, como levanta o relatório, Rio das Pedras é o melhor exemplo até para o observador menos atento. Lá, há uma enorme quantidade de prédios construídos e em construção, todos visivelmente sem nenhum tipo de autorização oficial, seguindo projetos arriscados. Se engana quem pensa que tudo isso se constrói sem autorização de alguém.


Mesmo que não fosse o miliciano que a ALERJ já suspeitou, ainda assim Nadinho não é nem de longe figura política idônea. E sua eleição é prova bastante do absurdo político e da democracia capenga praticada nessas áreas de assistencialismo barato. Segundo o Relatório, Nadinho respondia a vários processos. Uma parte vai abaixo.








Vale notar que o Relatório ainda fala do apartamento no Rio II, em nome de terceiro, constituindo crime eleitoral. Foi lá que mataram o cara.


Pelo menos não corremos o risco de um dia ele voltar a se eleger.



Briga de gangue

Acabo de ver no Globo.

Se houver seriedade por parte das polícias, muita coisa vai sair dessa pressão que os órgãos de segurança estão aplicando nas milícias. Friso, se houver. O desenrolar da história pode ser muito elucidativo e vários nomes podem aparecer, junto com muitos esquemas desvendados. Por enquanto já se armam os acertos de contas com o tradicional banho de sangue que esse tipo de disputa entre gangues acuadas sempre desencadeia.

Para não deixar passar em branco, uma foto antiga, da época da campanha eleitoral. A gangue é grande.