sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Espalhando a mensagem

Uma contribuição minha para a Zé Pereira.


Com muito otário na praça, a propaganda passa a ser a alma de qualquer negócio.


Cesar Maia sabe disso. Ou melhor, Cesar Maia só sabe isso e, mesmo não sabendo mais de coisa alguma, consegue se vender como algo que nunca foi, nunca será, enganando descaradamente. Isso seria problema dele apenas, não fosse o sucesso que obtém por motivos que não pretendo aqui esmiuçar.


Se alguém estiver disposto a olhar o que realmente é Cesar Maia, o que ele fez no passado, poderá entender perfeitamente o estado de absurdo abandono no qual se encontra o Rio de Janeiro. Afinal, o que é possível esperar de um prefeito que não sabe o que é matriz ideológica e que pertence a um partido que tem vergonha de suas matrizes ideológicas? A transformação de Cesar - de militante de esquerda que resistiu contra a ditadura em atual porta-voz do pensamento mais reacionário no Rio de Janeiro - não causa admiração. Cesar Maia sempre foi o que é hoje. Ele apenas se enquadrou o melhor que pôde, tirou proveito das situações e assim foi se infiltrando para chegar até onde está agora. E que pare por aqui.


Vomitando irracionalidades políticas, análises vazias e orgulho jeca no seu ex-blog, o prefeito falastrão posa de homem antenado. Mas nem chega a isso. Escondido por essa parede de suposta inteligência está o político incapaz de fazer outra coisa a não ser falar. Não basta escrever sobre buracos, transporte público, saúde, política e economia. Para resolver os problemas é preciso FAZER alguma coisa. E Cesar não é capaz de fazer nem seu próprio blog, um boletim que é na verdade compilado pela JCM (Juventude Cesar Maia?) e sem assinatura formal. Quem já tentou usar os serviços virtuais da Prefeitura do Rio sabe que o prefeito entende tanto de computador quanto um camelo de bioquímica. Na Internet, a prefeitura é tão ineficiente e preconceituosa quanto a administração real. E o pior. Enquanto inúmeros órgãos públicos no Brasil e ao redor do mundo falam em adotar tecnologias baseadas em software livre, o Rio de Janeiro parece que nunca ouviu falar de tal coisa.


Tá na hora dessa cidade voltar a ser o lugar bacana que um dia já foi.

Palavrinha sobre IPTU

Nesse papo todo de fazer protesto com o pagamento do IPTU o que fica evidente é a rejeição à administração Cesar Maia. Se é que dá para chamar o que ele faz de administração.


O porém


Quem protesta são moradores de bairros nobres. São endinheirados que, justificadamente, pagam altos IPTUs. Então a coisa assume um ar vazio. Parece que essas pessoas, supostamente eleitores de Cesar Maia, reclamam por motivos mesquinhos e elitistas.


Votaram, agora agüentem.


Um dia, quando tiver tempo e disposição, vou mostrar o que Cesar Maia não faz com o dinheiro dos impostos nos lugares por onde eu transito.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Estranha lógica essa dos cariocas

O pessoal que aqui habita tem uma maneira bem própria de lidar com os problemas, com as questões importantes do cotidiano da cidade. É uma lógica toda bizarra onde o que importa é tratado quase como empecilho, dando a impressão de que o que se busca é simplesmente uma justificativa para os desvios à lei. É sabido que carioca não gosta de leis.


Há assaltos nos pardais? Beleza. Acabem com os pardais. Como se eles servissem mesmo para alguma coisa. Parece até que estavam justamente esperando por essa desculpa para dar mais uma atropelada nas tão incômodas leis de trânsito.


Leis para uns. Liberalismo para outros, no caso os acuados motoristas tolhidos por regras. É esquisito, menos para o carioca. A opinião pública dá sinais de que aprova a iniciativa sem se importar com o fato de que ela desmascara a incompetência de todos os setores da administração.


Isso me deu mais uma brilhante idéia para economizar energia elétrica e desonerar a municipalidade.


Proponho desligar todos os semáforos da cidade. Já que não servem para nada, já que são insistentemente ignorados por todos, estão apenas desperdiçando eletricidade e causando um prejuízo para o contribuinte.


Que tal, Cesar Maia?