quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Espalhando a mensagem

Uma contribuição minha para a Zé Pereira.


Com muito otário na praça, a propaganda passa a ser a alma de qualquer negócio.


Cesar Maia sabe disso. Ou melhor, Cesar Maia só sabe isso e, mesmo não sabendo mais de coisa alguma, consegue se vender como algo que nunca foi, nunca será, enganando descaradamente. Isso seria problema dele apenas, não fosse o sucesso que obtém por motivos que não pretendo aqui esmiuçar.


Se alguém estiver disposto a olhar o que realmente é Cesar Maia, o que ele fez no passado, poderá entender perfeitamente o estado de absurdo abandono no qual se encontra o Rio de Janeiro. Afinal, o que é possível esperar de um prefeito que não sabe o que é matriz ideológica e que pertence a um partido que tem vergonha de suas matrizes ideológicas? A transformação de Cesar - de militante de esquerda que resistiu contra a ditadura em atual porta-voz do pensamento mais reacionário no Rio de Janeiro - não causa admiração. Cesar Maia sempre foi o que é hoje. Ele apenas se enquadrou o melhor que pôde, tirou proveito das situações e assim foi se infiltrando para chegar até onde está agora. E que pare por aqui.


Vomitando irracionalidades políticas, análises vazias e orgulho jeca no seu ex-blog, o prefeito falastrão posa de homem antenado. Mas nem chega a isso. Escondido por essa parede de suposta inteligência está o político incapaz de fazer outra coisa a não ser falar. Não basta escrever sobre buracos, transporte público, saúde, política e economia. Para resolver os problemas é preciso FAZER alguma coisa. E Cesar não é capaz de fazer nem seu próprio blog, um boletim que é na verdade compilado pela JCM (Juventude Cesar Maia?) e sem assinatura formal. Quem já tentou usar os serviços virtuais da Prefeitura do Rio sabe que o prefeito entende tanto de computador quanto um camelo de bioquímica. Na Internet, a prefeitura é tão ineficiente e preconceituosa quanto a administração real. E o pior. Enquanto inúmeros órgãos públicos no Brasil e ao redor do mundo falam em adotar tecnologias baseadas em software livre, o Rio de Janeiro parece que nunca ouviu falar de tal coisa.


Tá na hora dessa cidade voltar a ser o lugar bacana que um dia já foi.

Nenhum comentário: