terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Posso estar pensando besteira

No Brasil, ao contrário do que a direita gosta de falar, o capitalismo, que não é essas maravilhas, funciona pior. Fosse verdade o que os satanistas do Demo e adoradores do livre mercado pregam, a iniciativa privada há tempos já teria dado um jeito nessas terras. Há lugares do planeta, poucos, que fique bem claro, onde o desenvolvimento social pode ser um efeito colateral da livre concorrência capitalista e seu ciclo de investimento. Aqui nunca foi assim. Os programas de fomento, empréstimo com dinheiro público, incentivo a empreendimentos particulares e coisas do tipo, concentrados nas mão dos nossos capitalistas, nunca foram capazes de levar DESENVOLVIMENTO social e econômico para as áreas necessitadas. Culpa da nossa mentalidade capitalista de rapina ou não, a verdade é que a concentração de recursos nos programas desenvolvimentistas focados na iniciativa privada não gerou benefícios diretos de grande monta. Querem um exemplo? A Vale. Vejam as cidades no entorno dos centros de extração na Amazônica para confirmar isso.


Lula pode ser assistencialista. Pode ser populista. Ele pode ser qualquer coisa. O que irrita mesmo a elite burra brasileira, o que não admitem e o que querem barrar imediatamente é a mudança de foco das políticas de desenvolvimento. O que Lula fez foi muito simples. Seu governo resolveu distribuir o dinheiro diretamente às pessoas que supostamente deveriam ser as beneficiadas de qualquer programa de apoio ao empreendimento privado. E isso, para os ricos brasileiros é um absurdo.


De repente o consumo começa a aumentar, as pessoas começam a COMER direito, começam a viver mais, a pegar menos doenças e a ter mais possibilidade de pensar o mundo, coisa que só dá para fazer de barriga cheia. Nunca as políticas com foco na iniciativa privada tiveram esse êxito social e econômico. Tanto que até as mais vorazes instituições defensoras do capital aceitam e propagandeiam o momento atual. Basta ver as matérias nos Jornais Nacionais da vida mostrando com orgulho o consumo da classe média, a produção industrial, as exportações...


Isso tem um custo coberto pelos IMPOSTOS.


A estratégia política do Demo privilegia a mentira, a confiança no esquecimento e a inconstância ideológica. Exatamente o que Cesar Maia difunde nos boletins do seu Ex-blog. Tentando comemorar o resultado da votação que pôs fim à CPMF, imposto que seu partido tanto fez para criar e que agora quis derrubar, Cesar Maia usa o mesmo argumento da elite do Demo, justificando a sua extinção como saudável à cadeia de investimento privado, consumo e crescimento do Brasil. Nos boletins dos dias 13 e 14, Cesar Maia quer nos fazer acreditar que agora, depois de séculos de rapinagem, a força do capitalismo brasileiro vai voltar a impulsionar a nação já que não tem mais a amarra da CPMF.


Vamos ver se o Governo Federal será obrigado a fazer cortes sociais. Vamos ver se o Deus Mercado dará em troca a pujança econômica que os arautos da livre concorrência e os adoradores do Demo prometem.


Vamos ver.


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