segunda-feira, 28 de julho de 2008

O primeiro abacaxi



Ideologia? Eduardo Paes, sem constrangimento, responde que não tem nenhuma. Só a que interessa no momento.


Eduardo Paes pula de partido como eu pulo buracos nas calçadas do Rio. Seu presente não é nada abonador, assim como seu passado. Sempre ligado aos segmentos mais atrasados, o cidadão já foi do PV, PTB, PSDB e do Demo quando esse se chamava PFL. Todos partidos, com ressalvas ao PV, representantes do mais retrógrado pensamento reacionário. Eduardo Paes já andou muito com Cesar Maia e sua gangue. Já colaborou com Conde. E não precisa ir nas profundezas da Internet para descobrir essas coisas. Tem tudo na própria página do candidato.





Atualmente Eduardo Paes está mais assustador do que nunca. Seu discurso tende claramente para a brutalidade, deixando muita coisa reprovável no ar. Depois não vale reclamar se for "mal interpretado". Mais do seu material de campanha oficial.


Rio terá um xerife para fazer cumprir a ordem pública, diz Paes



Eduardo Paes, candidato a prefeitura do Rio, pela coligação Unidos pelo Rio (PMDB, PP, PSL e PTB) participou de encontro no Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio) nesta terça-feira e ao expor as principais diretrizes do seu plano de governo, o candidato afirmou que o Rio precisa de um "xerife" para fazer cumprir a ordem pública. Ele ocupará a Secretaria Municipal da Ordem Pública, a ser criada nos primeiros dias de sua administração. A nova pasta, explicou, vai concentrar ações de fiscalização, limpeza pública, guarda municipal e outros serviços.

Eduardo recebeu dos construtores propostas para alavancar o setor, tais como um plano de revitalização para o Centro e a revisão do Plano Diretor da cidade. De acordo com Roberto Kauffmann, presidente da entidade, é possível criar 40 mil novas habitações no Centro do Rio a partir do reaproveitamento de antigos casarões e sobrados localizados nas ruas do Centro histórico. Paes gostou da proposta e afirmou que projetos capazes de recuperar a qualidade de vida e a alma carioca serão bem aceitos pela prefeitura.

Paes avisou aos empresários da construção civil que não pretende modificar o decreto 29.231, que proíbe a circulação de caminhões de segunda a sexta, em dias úteis, das 6h às 10h e 17h às 20h. Os representantes do setor pediram a Paes que mudasse o decreto, abrindo uma exceção para circulação de caminhões de concreto na cidade.

- Não estou convencido da necessidade de abrir essa exceção - disse Paes, acrescentado que o decreto moraliza em parte o trânsito na cidade.

O candidato comentou ainda a ação da Polícia Federal que investigará a atuação de milícias e tráfico de drogas na campanha eleitoral e interferindo na programação dos candidatos.

- Acho um escândalo que isso aconteça. O direito de ir e vir dos candidatos deve ser garantido, assim como, o direito de todos os cidadãos do Rio de Janeiro. O governo estadual está fazendo uma ação muito forte em relação às milícias e ao tráfico de drogas. Eu não deixo de ir a lugar nenhum e nem vou deixar de ir por causa de milícia ou traficante.

Sobre os projetos prioritários na área da saúde, Paes reafirmou que as emergências dos hospitais não podem mais ser a porta de entrada da população no sistema público de saúde. Esse papel, adverte o candidato, cabe aos postos de atendimento, citando como exemplo as Unidades de Pronto-Atendimento 24 horas, as UPAs, do governo estadual.

- O doente no Rio virou um turista sanitário. Ele circula pelos hospitais e busca atendimento que nunca vem - critica o candidato, que anunciou a construção de 40 UPAs nos próximos quatros anos.


Um xerife! XERIFE!

Eduardo já deve ter vários nomes de homens de boa índole capazes de assumir tão nobre cargo. Talvez o Jerominho.


Vale lembrar que é esse o candidato que em 2006 deu a seguinte entrevista.




Não dá pra ficar tranqüilo.


Nenhum comentário: