Helio Fernandes e Tribuna da Imprensa, claro.
Cesar Maia criou a “caixinha do ICM”
Pedaço da gigantesca e obrigatória coluna diária do Helio Fernandes na Tribuna da Imprensa.
Derrubar a favela do Morro Dois Irmãos é imprescindível. Mas não é prioritário. O inadiável é derrubar o prefeito César Maia. O movimento já começou pelos bravos moradores do Alto Leblon, das ruas Timóteo da Costa, Sambaíba, Visconde de Albuquerque, Jardim Pernambuco, Copacabana quase inteira, Meyer, uma parte enorme da Tijuca, Vilar dos Telles, em suma, o Rio capital inteiro não tem mais como pagar imposto, e esse dinheiro ser desperdiçado por César Maia.
Mas antes de derrubar as favelas e os impostos, é preciso derrubar César Maia. Pode até ser simultâneo. O impeachment do prefeito e a decisão de depositar o caríssimo IPVEA em juízo têm que ser feitos imediatamente, a jato, com a mesma velocidade com que o alcaide-factóide-debilóide joga o dinheiro fora. FORA do investimento comunitário e DENTRO de suas contas bancárias no exterior.
Derrubar César Maia é facílimo. Basta começar pela quadrilha do ICM (fundada, explorada e usurpada por ele) e continuar pelos PROPINODUTOS 1 e 2. Já dei aqui seguidamente elementos de sobra sobre o enriquecimento I-L-Í-C-I-T-O de Maia, e sua vida soberba de "trabalhador sem trabalho".
Por que César Maia, homem público, não obtém o mesmo sucesso que obteve (e continua obtendo) como homem privado? Não tinha nada, jamais trabalhou na vida (nem como estatal, um fracasso, nem como privatizado, um sucesso mas só em matéria de ENRIQUECIMENTO ILÍCITO), como acumulou recursos e imóveis em quantidade?
Em qualquer país do mundo, com o que eu publiquei a respeito dos GANHOS de César Maia (vem aí a relação suntuosa e acintosa do enriquecimento de Sérgio Cabral e toda sua quadrilha, com os inspetores, réplica dos agentes fiscais municipais), ele já teria sido expulso da vida pública, que só desonrou e desmoralizou e desprestigiou.
Não desmentiu nada e não há mesmo desmentido possível. A respeito do apartamento comprado em Nova Iorque, e que quase lhe valeu a demissão do cargo de secretário da Fazenda de Brizola. (Este me contou e publiquei várias vezes, que ficou receoso a respeito da repercussão dessa demissão. Eu disse a ele: "Brizola, a pior repercussão é manter um desonesto comprovado como secretário". Brizola tinha toda a comprovação).
O outro apartamento caríssimo foi "adquirido" por César Maia, sem dinheiro, só com corrupção e omissão. A legislação não permitia construções em determinados locais, a São Marcos Construtora (de propriedade de Roberto Marinho) recompensou o alcaide-factóide-debilóide com um belíssimo apartamento em São Conrado. Num edifício em que só moram empresários ricos e poderosos.
E quem diz que César Maia não é empresário rico e poderoso? Ele é igual, só que "empresa" e "distribui" o bem público. Por que não pode morar ali, com os que são tão iguais quanto ele? Perguntado pelas propriedades, respondeu: "Foi minha filha que me deu".
Dona de um extraordinário amor filial, e tendo enriquecido antes do pai, doou o apartamento em um dos locais mais caros do Rio. Mas todo o "amor filial" não se comparava em faturamento ao ICM dos fiscais, e do PROPINODUTRO 1 e 2. João Marcos e todos os outros (alguns ainda "trabalham" com ele), no impeachment terão que depor, contarão tudo.
PS - Por hoje, basta. Os moradores dos mais populosos bairros, no protesto efetivo de depositar o IPVEA em juízo, estão precisando de assessoria legal.
PS 2 - Muitos escritórios de advocacia e de advogados isolados poderiam dar essa assessoria. Estariam prestando serviço destacado e SALVANDO A CIDADE.
Sem candidato para as próximas eleições? Podem votar em mim. Apesar de não acreditar na via política burguesa, tenho a solução para todos os problemas.
Já venho falando sobre isso com pessoas próximas há um tempo. É fácil. Basta criar uma lei que obrigue todo e qualquer ocupante de um cargo eletivo (desde o Presidente da República até o vereador da menor cidade do interior do Tocantins, passando por deputados, senadores, prefeitos...) e seus parentes diretos (cônjuge e filhos) e também os ocupantes de cargos no primeiro escalão de qualquer administração pública a fazer uso apenas, e sem exceção, de serviços públicos de saúde, educação e transporte.
Pronto. Resolvido o problema.
No Brasil, ao contrário do que a direita gosta de falar, o capitalismo, que não é essas maravilhas, funciona pior. Fosse verdade o que os satanistas do Demo e adoradores do livre mercado pregam, a iniciativa privada há tempos já teria dado um jeito nessas terras. Há lugares do planeta, poucos, que fique bem claro, onde o desenvolvimento social pode ser um efeito colateral da livre concorrência capitalista e seu ciclo de investimento. Aqui nunca foi assim. Os programas de fomento, empréstimo com dinheiro público, incentivo a empreendimentos particulares e coisas do tipo, concentrados nas mão dos nossos capitalistas, nunca foram capazes de levar DESENVOLVIMENTO social e econômico para as áreas necessitadas. Culpa da nossa mentalidade capitalista de rapina ou não, a verdade é que a concentração de recursos nos programas desenvolvimentistas focados na iniciativa privada não gerou benefícios diretos de grande monta. Querem um exemplo? A Vale. Vejam as cidades no entorno dos centros de extração na Amazônica para confirmar isso.
Lula pode ser assistencialista. Pode ser populista. Ele pode ser qualquer coisa. O que irrita mesmo a elite burra brasileira, o que não admitem e o que querem barrar imediatamente é a mudança de foco das políticas de desenvolvimento. O que Lula fez foi muito simples. Seu governo resolveu distribuir o dinheiro diretamente às pessoas que supostamente deveriam ser as beneficiadas de qualquer programa de apoio ao empreendimento privado. E isso, para os ricos brasileiros é um absurdo.
De repente o consumo começa a aumentar, as pessoas começam a COMER direito, começam a viver mais, a pegar menos doenças e a ter mais possibilidade de pensar o mundo, coisa que só dá para fazer de barriga cheia. Nunca as políticas com foco na iniciativa privada tiveram esse êxito social e econômico. Tanto que até as mais vorazes instituições defensoras do capital aceitam e propagandeiam o momento atual. Basta ver as matérias nos Jornais Nacionais da vida mostrando com orgulho o consumo da classe média, a produção industrial, as exportações...
Isso tem um custo coberto pelos IMPOSTOS.
A estratégia política do Demo privilegia a mentira, a confiança no esquecimento e a inconstância ideológica. Exatamente o que Cesar Maia difunde nos boletins do seu Ex-blog. Tentando comemorar o resultado da votação que pôs fim à CPMF, imposto que seu partido tanto fez para criar e que agora quis derrubar, Cesar Maia usa o mesmo argumento da elite do Demo, justificando a sua extinção como saudável à cadeia de investimento privado, consumo e crescimento do Brasil. Nos boletins dos dias 13 e 14, Cesar Maia quer nos fazer acreditar que agora, depois de séculos de rapinagem, a força do capitalismo brasileiro vai voltar a impulsionar a nação já que não tem mais a amarra da CPMF.
Vamos ver se o Governo Federal será obrigado a fazer cortes sociais. Vamos ver se o Deus Mercado dará em troca a pujança econômica que os arautos da livre concorrência e os adoradores do Demo prometem.
Vamos ver.
Os adoradores do Demo tentam, à força, disfarçar ideais medonhos com uma estratégia safada de remodelagem estética. Isso merece um comentário mais ponderado pelo profundo descaramento desses sujeitos. Enquanto não acho tempo para tal, o pessoal criativo e inteligente que mexe com artes gráficas já se adiantou e avacalhou a nova logomarca dos satanistas.
Achei no Malvados. Não tenho certeza se foi o Andre Dahmer quem fez. Quando descobrir, coloco os créditos aqui.
Rafael Caruso, grande amigo meu, me deu hoje alguns presentes. Livros e recortes de revistas e jornais que ele, sujeito organizado e estudioso, estava guardando há muito tempo. Coisas que me interessam, sobre os mais variados assuntos, esquecidas, que voltam ao presente graças à dedicação desse bom camarada.
No meio dos recortes de notícias, um me prende a atenção por tratar de um acontecimento bastante pitoresco que sem custo voltou imediatamente à memória. Hoje o fato é mais uma curiosidade política que importa pelas figuras conhecidas envolvidas. As mesmas que vêm assombrando o carioca desde aquele tempo.
Notícia do Jornal do Brasil de 18 de novembro de 1996. Bons tempos aqueles. Tinha vinte anos. Lembro de ter achado muito correta a atitude da molecada. Agora podem acreditar em mim quando digo que essa cidade já foi um lugar bem mais divertido e que o carioca nem sempre foi esse troço apático que é hoje.
Fiz algumas marcações no texto. Trechos ótimos! Destaquei a parte do “Trem bala” (hahahahahahahahahahahahahahaha) e algumas outras para mostrar os personagens patéticos (ainda os mesmos) e suas posturas patéticas (ainda as mesmas). Alguns poderão pensar que o grito de “fora daqui velho decrépito” foi dado por mim. Mas não. Não estava lá na ocasião. Caso contrário, provavelmente teria gritado exatamente isso. Fica aqui meus parabéns para os anônimos do grito.
O episódio teve na época repercussão no meio cultural carioca. Tenho que clarear um pouco a memória, pesquisar em outros lugares, procurar outras notícias. Mas pode ter sido um dos acontecimentos que contribuíram para acelerar as mudanças pelas quais passou o Circo Voador, transformando-o no que ele é hoje.
Com o passar do tempo Conde só piorou. Está uma figura caquética, de dar pena. Já falei sobre isso no meu outro blog. Tá na hora de morrer, né Conde?
Escrevi duas notas de rodapé. Uma transcrição e uma consideração.
Um outro dia eu escaneio e boto aqui o verso do recorte. É igualmente ótimo!
1 – “A moçada – que já estava incomodada com a presença daquela entourage paramentada com camisetas de campanha eleitoral – a princípio não acreditou no que via...”
2 – Conde não assiste aos programas eleitorais que grava porque sabe muito bem que são todos eles um lixo. Para ele (todos os outros candidatos incluídos) são, como tudo na Televisão, peças para seduzir e enrolar o povinho. Conde não, está acima dessa escumalha. Se dedica à fruição de produtos culturais notadamente bastante elevados. O povinho que se contente com o restolho em forma de campanhas do PFL (Demo), novelas, caldeirões...
Cesar Maia é um filhodaputa.
Continua com sua política oficial de matar pobre e incentivar o transporte individual. Perfeita para essa titica de cidade e seu trânsito selvagem.
Plantão | Publicada em 10/12/2007 às 08h51m
Luiz Ernesto Magalhães - O Globo
RIO - A tarifa básica de ônibus municipais (sem ar-condicionado) aumentam de R$ 2 para R$ 2,10 a partir da meia-noite do próximo sábado. O reajuste de 5% foi autorizado nesta segunda-feira pelo prefeito Cesar Maia em decreto publicado no Diário Oficial do Município. Os preços das linhas com ar-condicionado serão divulgados ao longo da semana pela Secretaria municipal de Transportes.
E o carioca babaca vai deixar por isso mesmo.
Afinal, estamos todos na mesma situação patética, que piora horrores quando chega o verão e somos obrigados a andar nesses ônibus de merda. Como não quero reclamar sozinho, como acredito que o mecanismo das mudanças são os atos e como só vejo possibilidade de ação depois que nos damos conta que vivemos como uns merdas, resolvi fazer esse post ilustrado para ver se todo mundo percebe o absurdo que vivemos e que construímos com nossa incapacidade de agir.
Tive a idéia depois de ver que não causava incômodo a ninguém conviver com a temperatura dentro do ônibus que, por incrível que pareça, era infinitamente superior ao calor de 40 graus da rua.
Sendo didático, o máximo que posso.
Isso:
É igual a isso:
Ou seja, para o Cesar Maia cada um dos seus eleitores é isso:
E para as empresas de ônibus somos isso:
Entenderam?